FUMONISINAS
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Figura 9 |
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Figura 10 |
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Figura 11 |
As fumonisinas são um grupo de micotoxinas produzidas primariamente por
Fusarium verticillioides e
F. proliferatum, embora outras espécies de
Fusarium também possam produzi-las. Tradicionalmente,
F. moniliforme é a espécie associada às fumonisinas, mas este nome não é mais utilizado devido aos avanços na taxonomia e nomenclatura. Existem pelo menos 28 formas diferentes de fumonisinas, a maioria designadas como série-A, série-B, série-C e série-P. A forma de fumonisina mais comum e economicamente importante é a B1, seguida da B2 e B3. A cultura do milho é a mais comumente contaminada e as fumonisinas são as micotoxinas mais comuns no milho, embora estas toxinas possam ocorrer em outras poucas culturas também.
F. verticillioides e fumonisinas estão mundialmente distribuídos. As principais preocupações com a saúde associadas às fumonisinas são os efeitos agudos (exposição única), efeitos tóxicos em equinos e suínos e propriedades carcinogênicas (capaz de causar câncer (cancro, pt)). Cavalos envenenados com fumonisinas podem desenvolver uma doença fatal em conhecida como leucoencefalomalácia equina. Sintomas desta doença incluem sonolência, cegueira, desequilíbrio e liquefação do tecido cerebral (Figura 9). Os suínos envenenados com fumonisinas podem apresentar redução na ingestão de ração e no ganho de peso, danos no fígado e desenvolver uma doença fatal conhecida como edema pulmonar, na qual os pulmões dos animais são preenchidos com fluido. Em animais de laboratório as fumonisinas mostraram-se carcinogênicas e, em humanos, o consumo de milho contaminado com fumonisinas está associado com altas taxas de câncer (cancro, pt) de esôfago e defeitos no cordão umbilical. As fumonisinas foram caracterizadas pela primeira vez no final de 1980, como resultado de estudos sobre as causas de câncer (cancro, pt) de esôfago na África, juntamente com surtos de leucoencefalomalácia equina e edema pulmonar em suínos nos EUA.
Espécies de
Fusarium produtoras de fumonisinas causam uma doença em milho conhecida como fusariose ou podridão da espiga de fusarium (Figura 10). As fumonisinas podem contaminar os grãos usados na alimentação humana ou ração animal, assim como em silagens (Figura 11). As infecções são favorecidas quando os grãos estão fisicamente danificados, especialmente por danos causados por insetos. O crescimento fúngico e a produção de fumonisinas cessam quando os grãos são secos para teores abaixo de 19% de umidade, mas as fumonisinas se mantêm intactas, e o fungo pode crescer e produzir fumonisinas novamente se certas condições de armazenamento não forem mantidas. As fumonisinas são economicamente importantes no milho, porém podem ser encontradas em algumas outras culturas, normalmente em baixas concentrações.
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